Setembro amarelo.
A cada dia cerca de 32 brasileiros cometem suicídio. No mundo ocorre uma morte a cada 40 segundos. Sabemos que essas estatísticas são ainda maiores, visto a que a subnotificação não é reconhecida. Além disso, não são contabilizados aqui as tentativas de suicídio que pelo menos é dez vezes maior que esse dado. Informações como essas nos fazem refletir sobre como podemos agir para diminuir esses números. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. Essa informação nos elucida que a prevenção é fundamental para reverter esse quadro.
Para tanto, a primeira medida é aumentar nossas informações sobre esse assunto. Você sabia que falar sobre isso é terapêutico? O tabu que “quanto mais se fala, maior a chance de o suicídio acontecer ou 'virar moda'” deve ser quebrado. A grande questão aqui é que a fala deve ser responsável e cuidadosa para que realmente seja eficaz.
Diálogos, campanhas que dão visibilidade ao tema, conscientização, oferta de ajuda e empatia podem mudar essa realidade. A prevenção é fundamental para reverter essa situação, garantindo ajuda e atenção adequadas. É preciso perder o medo de se falar sobre o assunto. O caminho é quebrar tabus e compartilhar informações. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas contribuem para tirar o assunto da invisibilidade e, assim, mudar essa realidade.
É importante saber os sinais de alerta. Isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda.
Ofereça acolhimento empático e não julgador, evite frases como “você precisa se ajudar”, “isso logo vai passar” use mais “como posso te ajudar?” “imagino como é difícil, pode contar comigo” e procure ajuda profissional.
"O suicídio é um ato de comunicação. Quem se mata, na realidade tenta se livrar da dor, do sofrimento, que de tão imenso, parece insuportável”.
Fonte: Falar é a melhor solução, setembro amarelo.
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