Dando continuidade ao tema discutido no blog, na matéria sobre histórico da Terapia Cognitivo-Comportamental, hoje falaremos do Modelo Cognitivo.
O autor Beck (2013) expõe que “a interpretação de uma situação geralmente expressada em pensamentos automáticos, influencia a emoção subsequente, o comportamento e a resposta fisiológica” (p. 158). Assim, entendemos que determinados pensamentos podem ser perturbadores e costumeiramente interpretamos situações neutras ou até positivas, de maneira negativa. A isso damos o nome de pensamento sabotador.
Beck percebeu que o processo de informações desadaptativas eram relacionado ao estilo negativo de pensamento em três esferas: em relação a si mesmo, ao mundo e ao futuro. A isso deu-se o nome de tríade cognitiva.
O grande descobrimento do autor, foi quando percebeu que a reavaliação desses pensamentos e a correção deles, geralmente faz com que o indivíduo sinta-se melhor.
Logo, o tratamento dentro do modelo cognitivo, parte da reestruturação de pensamentos dentro dessa tríade.
Em resumo, durante o processo psicoterápico, uma das metas é psicoeducar o paciente para que este desenvolva a habilidade de identificar seus Pensamentos Automáticos. A partir do momento em que toma consciência destes, a próxima meta é ressignificá-los, deixando-os mais adaptativos. Assim, consequentemente, o paciente tem maior clareza dos fatos e pode reavaliar, quais são leituras saudáveis e quais causam-lhe desconforto, aumentando a capacidade de dar respostas mais adaptativas, e, consequentemente trazendo mais tranqüilidade.
Como bem observado por Dalai Lama (1999): “Se pudermos reorientar nossos pensamentos e emoções e reorganizar nosso comportamento, então poderemos não só aprender a lidar com nosso sofrimento mais facilmente, mas, sobretudo e em primeiro lugar, evitar que muito dele surja”. (p. xii apud WRIGHT, BASCO, THASE, 2008, p. 15).
Autora: Claudia Henrich Lopes, psicóloga do Centro de Terapia Cognitiva.
Fonte:
WRIGHT, Jesse H; BASCO, Monica R; THASE, Michael E. Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2008.
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